Os Buracos de Micarla

Hospital dos Pescadores, Rocas, Natal e o Buraco

Buraco, com caixa de esgoto, exatamente onde são desembarcados os doentes que procuram o Hospital dos Pescadores das Rocas.

Como classificar o Governo de Micarla de Souza?

Incompetente? Indiferente? Leniente? Mas os grandes responsáveis por colocarem esta senhora no comando da capital potiguar são políticos irresponsáveis tipo Jagripino Maia, um boçal, paraquedista, filhote da ditadura militar, snob de piteira que, para manter-se no poder, chega ao ponto de aliar-se a inimigos tradicionais como o abúlico Garibaldi Filho e colocar em postos estratégicos figuras como Micarla de Souza.

O exemplo mostrado pelas fotos (um problema que pode ser resolvido com um saco de cimento, duas latas de areia e 20 ladrilhos hidráulicos), demonstra a falta de capacidade de uma dirigente que devia ter ficado onde fazia um bom trabalho em prol da cidade: Sua TV Ponta Negra.

Veranice Brasil de Góes: Tia/irmã.

Faleceu hoje aos 78 anos de idade. Irmã mais nova de meu pai Francisco Brasil de Góes. Viveu para servir. Poucas vêzes conheci alguém tão prestativa. Muito bonita quando jovem, manteve, na idade madura, a beleza de caráter. Descance em paz Nice.

Desabamentos no Rio de Janeiro:

Um problema de manutenção. As construtoras não informam aos inquilinos. O poder público não fiscaliza. Falam em registro no CREA: Ora, o CREA fiscaliza o profissional. Quem deve fiscalizar obras é o poder municipal.

A Demissão de Elias Fernandes:

Alguém que conhece Henrique Alves (padrinho de Elias), podia esperar por outra coisa? Era uma questão de tempo. As práticas são conhecidas e não vão mudar. A cada dia que passa o governo de Dilma Rousseff fica mais parecido com o de FhC.

SAMU:

Que belo serviço de utilidade pública. Parabens.

Até amanhã.

Foi Bonita a Festa!

Os 100 anos de Marieta Lima

Foi Bonita a Festa:

O Espaço Josefh Bolier reuniu pelo menos 500 pessoas. Lá estiveram pessoas da mais alta representatividade de Mossoró. Ausências apenas da prefeita e da governadora. Mas mandaram representantes.

Firme nos 100 anos:

Ficou até o fim da festa. Depois fomos deixá-la em casa com a filha Ivanilde e o meu sobrinho Leopoldo. Uma alegria. Dezenas de sobrinhos, netos, bisnetos, tataranetos. Lúcida como nunca. Talvez tenha sido a primeira mossoroense a chegar aos 100 anos de idade.

Uma mente brilhante: Cláudia Regina Freire.

A vereadora foi representando a Câmara Municipal. Não a conhecia pessoalmente. Além de muito inteligente, boa oradora, e muito bonita. Excelente para ser prefeita de Mossoró.

Mossoró, uma cidade arrumadinha.

Pelo menos nas áreas centrais conta com boa qualidade de urbanização, lojas de muito bom gosto e boa arquitetura. O trânsito é que precisa ser melhor organizado, principalmente pelo número de motos. Muitos condomínios fechados. Um perigo para a cidade.

Bezerra Mendes 133: Saudades.

Era o local onde durante mais de 20 anos papai manteve a Farmácia Assunção. Ao lado do Mercado Central. O prédio está fechado. Fui fazer uma visita ao mercado. Está do mesmo jeito.

Nova Praça Bento Praxedes:

Ficou muito bonita mas deram muito espaço para estacionamento. Uma praça daquelas tem de ser para o pedestre. Problema de estacionamento é para quem tem carro.

Mas foi bom rever primos, amigos e outros parentes. E principalmente ver Mossoró. Sempre uma grande emoção.

Até amanhã.

Ainda sobre Marieta Lima: Homenagens

Marieta Lima: 100 anos.


Sandra Rosado-Deputada

Uma Correção Necessária:

Com o objetivo de criticar a postura da Fundação José Augusto (FUJA) e a sua presidenta, Isaura Amélia Rosado, generalizei nas críticas e fui atingir quem não merecia, principalmente tratando-se de uma filha de Vingt Rosado: a Deputada Federal Sandra Rosado. Sandra prestou homenagens a tia Marieta ao colocá-la no Gabinete de Artes da Câmara dos Deputados em Brasília, ao lado de grandes pintoras brasileiras como Djanira e Anita Malfatti. Está feito o reparo e o agradecimento.

Prefeitura de Mossoró:

Alertado por familiares, registro que a Prefeitura de Mossoró concedeu a Comenda Ana Floriano a tia Marieta Lima. À Fafá, prefeita, e Ruth, vice, nosso agradecimento.

Os 100 anos de Marieta Lima

Marieta Lima: 100 anos

Marieta Lima: 100 anos, na próxima quinta-feira.

Pintora, diretora teatral, restauradora, decoradora, professora, Marieta Lima será homenageada com uma festa organizada pelo artista Rogério Dias, um batalhador pela cultura mossoroense.

E a FUJA (Fundação José Augusto)? Pelo que se sabe nada fará. A governadora é de Mossoró e a presidente da FUJA, sua cunhada, também. Mulher inteligente, a atitude de Dra. Isaura Amélia Rosado não se justifica. Não poderia, ou deveria, se omitir num momento desses. Não vale aparecer de última hora! Confirma-se o fato de que, para a família Rosado, só quem pode fazer alguma coisa por Mossoró é a família Rosado. Esnoba-se outras iniciativas, outros feitos, outros vultos históricos, contanto que não se ofusque o brilho (cada vez mais fraco, historicamente, em que pese o poder político) da Família Rosado.

Sem necessidade. Nomes como Vingt Rosado, por exemplo, muito fizeram pela cidade. Pode-se discordar da postura política mas não do valor intrínseco do seu trabalho.

Chegar aos 100 anos, vivento da sua arte, sem fazer concessões políticas de qualquer espécie, Tia Marieta não misturava alho com bugalhos. Foi grande amiga de Trezieme Rosado mas foi "senadora" de Aluizio Alves, numa época em que a política de Mossoró e do estado, tinha o radicalismo primário de trogloditas. Mas ela sempre se deu bem com todos. Hoje a política é só primária. Os trogloditas estão evoluindo com o progresso econômico. Vive-se em função da próxima eleição pois, hoje, sem o poder político, seria muito frágil (social, cultural e econômicamente falando) a posição, dos Rosados em Mossoró e no Estado.

Mas a família de Marieta Lima é muito grande. Além das mais antigas de Mossoró, mais até que a dos Rosados. Haverá a grande festa. E todos, inclusive os Rosados, estão convidados. Só não pode chegar lá ditando os rumos e a paternidade da festa, pois esta é uma iniciativa da classe artística local e dos seus familiares.

Ronald Lima de Góes. Arquiteto e Urbanista. Escritor e Professor da UFRN.

Nogueirão, de novo.

Nogueirão, ameaçado.





Complô contra o patrimônio público:

Risível a postura de certas pessoas em relação ao patrimônio público. A Governadora Rosalba Ciarlini ( cujo caráter vem apresentando uma faceta que desconhecia, o cinismo, até agora não fez nada pelo Nogueirão. Nem uma pintura para enganar os bestas). Seria acordo com empreiteiros, tradicionais financiadores de campanhas, no sentido de destruir o estádio e ficarem com a área mais valorizada de Mossoró? É esperar para ver. Vinha torcendo pelo governo de Rosalba, mesmo sendo apoiada por figuras com JAgripino. Não torço mais. A governadora administra o estado como se administrava Mossoró quando a cidade tinha bairros com nomes como Chapéu Cagado, Rabo da Gata, Baixinha, Carrapixo, entre outros. A visão suburbana é tal que ela ainda prefere passar os finais de semana em Tibau. Alugue uma casa em alguma praia de Natal, governadora para, pelo menos, num final de semana conhecer as mazelas do nosso litoral e entrar em contatato com a cultura natalense que se revela, com virtudes e defeitos, no período de veraneio.

Mas voltando ao Nogueirão, agora aparece um tal de Phabiano (é tão saudosista o rapaz que ainda usa o "PH" em vez de "F") tido como uma opinião abalizada (parece que o rapaz é publicitário) e diz que o Nogueirão retarda o progresso de Mossoró. O que atrasa, meu rapaz, é a prefeitura gastar 10 milhões, pelo que sabemos, com publicidade. Talvez ele queira que com a venda do estádio tenha mais dinheiro para ele e outros, conhecidos, publicitários. Uma só empresa arrecadou mais de R$ 3.000.000,00 (três milhões de reais) com propaganda política. A respeito disso, Washington Olivetto, o papa da publicidade, indagado certa vez o porquê de não fazer publicidade para políticos, respondeu: "Não faço anúncios de produtos que, por defeito, não possam ser devolvidos".

O rapaz ainda cometeu a imprudência de emitir opiniões técnicas das quais é, simplesmente, um apedeuta. No fundo deve ser porta-voz de recados de empresários da construção civil.

Feliz Ano Novo para todos. Estarei em Mossoró dia 12 de janeiro para comemorar os 100 anos de minha tia Marieta Lima. Até lá.

Centro de Natal e Centro Administrativo: é de chorar.

Centro Histórico de Natal

Centro Administrativo do Rio Grande do Norte

Centro Histórico de NataL:

Hoje fui cumprir um ritual que há décadas acompanha a nossoa família: Adquirir o Calendário do Sagrado Coração de Jesus. Um costume que vem dos meus avós. Nada de religiosidade, apenas um fato, ou um ato, dos nossos costumes familiares.
O calendário é prático e trás lições interessantes para qualquer um.

Compro anualmente nas Livrarias Paulinas que fica na Rua João Pessoa, Cidade Alta. Como cheguei cedo, a livraria não estava aberta, fui fazer um giro no Centro de Natal: Uma tristeza. Salva-se o belo edifício da Renner que confere alguma dignidade ao lugar. Prédios sujos, acanhados (exceção para aqueles feitos entre 60 e 70 como SISAL, Canaçu e a Caixa Econômica Federal). O curioso é que o espaço interno das lojas é de bom nível. O espaço público é que é degradado. Na Europa, por exemplo, você encontra pobreza e prédios em ruínas, mas o espaço público é tratado. Um crime e uma falta de respeito com o pedestre são algumas calçadas revestidas com paralelepípedos: provocam quedas constantes, principalmente nos idosos. O resto é lixo, central de pastéis e bugingangas e a revelação triste dos despreparo dos nossos dirigentes, principalmente municipais.

Centro Administrativo:

Do outro lado o grande equívoco: feito por Cortez Pereira (advertido por vários arquitetos e engenheiros do erro que estava sendo cometido, não ligou para as advertências) dentro de uma lagoa. A partir de sua construção, uma sucessão de mutilações. É, certamente o local mais degradado de Natal. Livros, filmes, peças teatrais, músicas, censura-se. Arquitetura, mutila-se. Adequando-se, com o tempo, o Centro foi aos poucos ganhando um contorno mais aceitável. Eis que a vinda de João Paulo II provocou a grande mutilação: no lugar onde deveria ser o Palácio de Despachos, constrói-se o Papódromo (o único no Brasil feito de forma definitiva. Outros estados utilizaram estruturas desmontáveis) e confirma-se o costume sacana da igreja do Rio Grande do Norte de ocupar e destruir espaços públicos: a belíssima Praça Pio X, virou a Nova Catedral (O Tobogã de Deus, na frase lapidar de Padre José Luis). A praça dos professores, uma das mais bonitas de Natal, é violentada pela megalomania de dois padres e a irresponsabilidade de uma secretária de planejamento (?), que além de permitir a obra fez o projeto, ali edificando a Igreja de Santo Agostinho (logo de quem, meu Deus!) Outras praças receberam igrejas, autênticos galpões, cuja feição nos agride.

Agora o Centro é amesquinhado de vez pelo projeto do novo estádio de futebol. A terraplanagem básica atinge a altura do 1º andar das secretarias, "enterrando" de vez aquele que deveria ser o espaço mais importante da cidade. Como ficará o novo acesso? Uma rua secundária nos fundos do novo estádio? Quanta falta de governantes que não sabem entender certas questões fundamentais de uma cidade...

A Governadoria deve ser o prédio de administração pública mais feio, mesquinho e deplorável do Brasil!

Por quê não inverter o acesso ao centro dando-lhes uma entrada mais digna pela Rua Militão Chaves? Talvez porquê tenha-se que demolir o papódromo a Igreja seria ofendida e a memória do papa maculada. Pois sim! Várias formas há de preservar a presença de João Paulo II entre nós. Sem precisar atentar contra o patrimônio público.

Voltaremos ao assunto.

Até amanhã.

Hannah Arendt: A Banalidade do Mal

Hannah Arendt.

Hannah Arendt: E a banalidade do mal.

Foi a pensadora alemã, de cidadania norte-americana, que cunhou a frase: "A banalidade do mal", ao se referir à forma como a violência contínua e sistematizada, vai adormecendo ou anestesiando as pessoas que terminam por considerar comum atos contra a vida e a dignidade humana. Arendt cunhou a frase dentro do contexto da 2ª Guerra mundial e as atrocidades de Hitler. Ela mesmo vítima ( ao ser presa e ter cassada sua cidadania por ser judia e de esquerda, só escapando da morte por ter conseguido exilar-se nos EUA).

Cito o fato pelo choque que hoje, logo cedo, senti quando tentava sacar dinheiro na Caixa Econômica Federal, Campus Universitário, e na conversa com outros professores e funcionários, uma senhora, com aspecto deprimido, contava, na maior normalidade, o assalto que seu genro fora vítima no primeiro dia do ano e, ao reagir ao assalto, fora baleado na coluna e ficado paralítico em plena Praia do Meio, Natal. A notícia dada chocou, mas o que mais me abalou foi a resignação com que a senhora narrou o drama do marido da sua filha. Fatos como estes estão sendo corriqueiros. Vemos, diariamente nos noticiários de televisão a forma resignada como as pessoas falam dos maridos, filhos, genros, familiares e amigos enfim, assassinados pela verdadeira guerra urbana que toma conta do país. Não é só São Paulo e Rio de Janeiro. Cada vez mais nota-se a violência aumentando em estados como o Rio Gande do Sul, outrora muito calmo. Agora temos uma greve da polícia no estado do Ceará e as notícias dando conta da paralização de todas as atividades, comércio, escolas, etc., com a população temendo os famosos arrastões. Não se protesta, não se chora, nem em velório.

Outro fato que nos chama atenção é a falta de lágrimas, por parte de familiares e amigos, em relação aos mortos. Velório virou ponto de encontro. É chocante. Sobre isto Glauber Rocha fez um documentário sobre o velório do Pintor Di Cavalcanti que, de tão chocante, a família do pintor proibiu a divulgação. Depois a propria família do cineasta probiu o documentário, feito pelo cineasta Sílvio Tendler, sobre o velório de Galuber, pelos mesmos motivos. Principalmente pelo discurso magistral de Darcy Ribeiro, saudando o morto.

Pergunta-se: que sociedade é esta que, facilmente, se rende a tais circunstâncias? Onde estão as nossas lideranças? Os nossos políticos chegaram a um nível tal de descrença que não ousam nenhuma manifestação de protesto e o cinismo dos governantes apavora.

O Rio Grande do Norte, especialmente Mossoró, registrou, em 2011, 160 assassinatos. Grande parte originados na droga, especialmente no crack. Não se pode pedir, de um policial, que nos defenda ganhando os salários miseráveis que recebem mensalmente. O pior é que a polícia sabe dos roubos e da corrupção que afetam nossas instituições.

O Poder Judiciário, enrolados nas suas becas, capas e togas, desde o STF (vide as denúncias sobre benefícios, sem sempre justificados, exigidos pelos nossos juízes), até os juizados de pequenas causas, demonstram uma apatia e uma letargia que desespera o cidadão comum.

Por quê tanta dificuldade em definir logo a Lei da "Ficha Limpa"? A quem ou a que o Judiciário teme? E o "mensalão", qual a causa da demora? Por estas e por outras, pelo vazio e/ou omissão do Estado, cada vez mais vemos trincar, abrindo-se, o "ovo da serpente."

Ronald de Góes. Em 03 de janeiro de 2012.