domingo, 4 de setembro de 2011

Aeroporto de Mossoró: Novamente

Aeroporto de Mossoró: A História



Corria o ano de 1973, chegava a Mossoró, numa articulação feita entre a Prefeitura e a SUDENE, pelo economista cearense Francisco Zamenhoff, a empresa Planos Técnicos do Brasil. Motivo: elaborar o Plano Diretor Municipal. 1ª Adminstração de Dix-Huit Rosado. Mossoró estava com sua economia e sua estrutura urbana em pedaços (as enchentes acabaram com a cidade e o país enfrentava uma de suas piores crises econômicas). Na equipe o arquiteto Carlos Alberto Quental, o Administrador Flávio Lima, especialista em Cadastro Urbano, o economista Pedro Moreno e João Batista Marques dos Santos, presidente da empresa. Mossoró não possuia arrecação municipal (IPTU, ISS, etc.) Para se construir utilizava-se uma única planta dominada por um funcionário municipal que distribuia, e cobrava, pelas cópias repetidas ad infinitum. Nada para a arrecação Municipal.




1974: neste ano, convidado por lideranças de Mossoró, à frente Noguchi Rosado e o pessoal da Associação Comercial, montei um escritório de arquitetura no edifício Jerônimo Rosado com meu irmão Robson. Em contato com o pessoal do Ceará (Flávio Lima hoje é meu cunhado), discutía-mos muito a cidade. Levamos, inclusive ao prefeito a necessidade de regulamentar as construções e fazer o zoneamento urbano da cidade, inclusive a área do aeroporto. Postura de quem sabe e estudou planejamento e não de quem fica por trás de colunas de jornal puxando o saco do patrão. Já nesta época Mossoró pedia, e seu futuro indicava, a regulamentação do seu espaço urbano. Infelizmente ainda é um cidade provinciana, onde não se discute idéias, mas fatos e fofocas, a despeito de já possuir várias universidades. Vive-se de lançar candidaturas para a próxima eleição. Fiquei em Mossoró até 1984, 10 anos, viajando toda semana para prestar serviços a comunidade. Assím construí muito na cidade e sei do que estou falando. Repito: esta história do aeroporto tem rato por trás para aproveitar o espaço dotado de infraestrutura. São os mesmos do Nogueirão.




Rameira:




Muita gende enviando mensagens (telefonemas e e-mails) para saber quem é a "rameira" de Mossoró. Deve ser provocação, pois todo mundo sabe quem é. Mas tem também acusações de pedofilia e outras taras. Não vou perder meu tempo com este assunto. Já dei o recado apenas em função da questão do aeroporto.




Saúde:




Leio no Jornal Defato a notícia do abandono de vários hospitais e maternidades em cidades como Portalegre e Martins e outras cidades do interior. O prefeito de Janduís oferece um salário de R$ 8.000,00 (oito mil reiais) e não encontra quem (médicos) queira ir para aquela cidade.




O Brasil e a Saúde:




O país conta 5.566 municípios. 3.000 não possuem nem casas de parto. Conta com 330.000 médicos (5,2 médicos por 1.000 habitantes. A OMS preconiza 1 médico por 1.000 habitantes). 45.000 pediatras (isto numa população que envelhece). A Taxa de Natalidade caiu, na última década, de 4,8 filhos/mulher para 1,8. No mesmo período aumentamos para 22 milhões o número de idosos. Sobram pediatras e faltam geriatras (apenas 860 em todo o país. 60% deles no Sudeste. O RN só tem 3.).




Numa conversa com o senador Cristóvam Buarque fiz a sugestão de se criar uma lei para obrigar os formandos de medicina que cursaram universidades federais a só receber o Diploma Universitário, definitivo, depois de um estágio de dois anos, bem remunerado, em uma cidade do interior. Trabalhariam com um diploma e registro provisório e só depois obteriam a licença definitiva. Seria uma forma de pagar o caríssimo curso de medicina financiado pelo bolso de todos os brasileiros. A medida poderia, também, atingir outras profissões, como arquitetos e engenheiros, e evitar os desperdícios verificados nas construções municipais.




Dilma e a volta da CPMF:




O Brasil investe pouco em saúde: 3,7% do PIB. Os EUA e a comunidade Européia cerca de 6 a 7% do PIB. Mas temos um exclente Plano de Saúde: O SUS. O problema não é só de falta de recursos mas, principalmente de gestão.




Coordeno um Curso de Especialização em Arquitetura Hospitalar para a Universidade Cidade de São Paulo. Vive-se, no Brasil, entre o luxo exorbitante de alguns hospitais de ponta e a miséria mais completa em termos de estrutura de saúde de mais de 60% dos hospitais brasileiros, a maioria com mais de 50 anos e todos sucateados.




Angola:




No próximo dia 18 estrei viajando para Angola. Irei Ministrar um Curso de Aperfeiçoamento para Técnicos daquele país na área de Arquitetura e Administração Hospitalar. Também um trabalho de Consultoria na estruturação do Centro Nacional de Medicina Nuclear. Estou curioso para saber como é o sistema de saúde daquele país. A troca de experiências vai ser interessante. Na volta conto tudo.




Até amanhã.





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