terça-feira, 6 de setembro de 2011

Preços dos Terrenos do Nogueirão e Aeroporto

Nogueirão e Aeroporto:




A imprensa mossoroense divulgando uma avaliação, não oficial, feita por um colega de nome Pedro do Rosário, sobre os terrenos do Nogueirão e do Aeroporto: R$ 15 milhões para o terreno do estádio e 40 milhões para o do aeroporto. Chama atenção o fato de que não se fala, na avaliação, na construção dos novos equipamentos. Só o preço dos terrenos, o que demonstra os interesses eminentemente imobiliários por trás desta triste proposta.



Ora, o preço internacional para construção de um estádio novo (Revista Construção Mercado - Editora PINI - São Paulo) é de 2 mil Euros por torcedor (1,7 mil para reformar). O Euro de hoje está cotado a R$ 2,33 (dois reais e trinta e três centavos). Considerando um estádio para 20.000 torcedores (não se justificaria um menor para Mossoró, pois é o que a CBF exige para sediar jogos em competições nacionais), teríamos algo em torno de R$ 93.000.000,00 (noventa e três milhões de reais). Seis vêzes(6) a avaliação do engenheiro Pedro do Rosário que, parece-me, só pensa no terreno. Isto para um estádio com todas as condições de conforto e atendendo ao Estatuto do Torcedor.



Falou também que o estádio não tem valor arquitetônico. Outra desinformação do engenheiro Rosário: Segundo o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), o Patrimônio Construído tem que ter valor arquitetônico e/ou histórico. Como o estádio está em péssimas condições, permanece o seu valor histórico. Teríamos de recuperar o arquitetônico. Não sei se o senhor Rosário é de Mossoró. Talvez ele não valorize a história da cidade como vem fazendo alguns jornalistas. Uma pena. Gostaria de saber quem são as "pessoas de bem" que estão conduzindo o processo de venda do Nogueirão. Só pelo nome de um, que conheço, fico preocupado.



Quanto ao aeroporto, R$ 40.000.000 (quarenta milhões de reais) talvez dê para comprar os equipamentos de contrôle de vôos. E o novo terminal? E o novo terreno, hangares, acessos, etc. etc.



Como Mossoró é um cidade exportadora de frutas tropicais, só para ficar neste exemplo, um novo aeroporto deveria possuir, ou ser previsto, um terminal de carga. Aí a coisa fica mais difícil.



Dentro do raciocínio do senhor Pedro do Rosário, a inexistência de valor arquitetônico (grosso modo, engenheiro civil, por deficiência de formação, não sabe muito de arquitetura), teríamos que vender, ou demolir, a catedral de Santa Luzia e todas as igrejas da cidade, o Prédio da Biblioteca, o Clube Aceu, O Palácio Episcopal, O Santa Luzia, o Seminário de Santa Terezinha, O Hospital Duarte Filho, entre outros, edificações que não guardam parâmetros de uma boa arquitetura no seu conceito clássico ou modernista, mas que são parte inequívoca, e importante, da história e do patrimônio construído de cidade. Já perdemos o PAX (desfigurado), o Caiçara (demolido) e o antigo prédio do Santa Luzia. Pelo jeito vai também a Estação da Artes, o Teatro Lauro Monte (CID), O Prédio da União Caixeiral e, se brincarmos, o Cemitério da São Sebastião. Tudo demolido para se construir "edifícios altos", conceito brega e superado, de cidade desenvolvida, quando se recomenda, no máximo, edifícios de 10 andares nas modernas teorias de sustentabilidade. A Europa toda proíbe edifícios residenciais com mais de 6 andares. Brasília é toda de 6 andares na sua parte habitacional. Prédios altos ficam para empresas que podem pagar os custos de operação e manutenção, ítens que as contrutoras repassam para os desavisados que compram apartamentos em prédios muito altos. Quero ver daqui a uns 15 anos, a choradeira.



A prefeita Fafá Rosado devia pedir o Tombamento do Estádio. Mas o pior de tudo, é o silêncio do deputado Leonardo Nogueira. Dói nos nossos ouvidos.






Não ficarei calado!

Nenhum comentário:

Postar um comentário